sexta-feira, 16 de setembro de 2011

PLANO ESTRATEGICO A MEDIO PRAZO

Na sequência de actividades previstas até 2015, a recuperação de certas BOLANHAS DE MANGROVE danificadas com a subida do nível das águas do mar, constitui preocupação da AGUIPRODES, no intuito de poder possibilitar as famílias vitimas retomarem suas actividades de produção.

Vai contribuir na diminuição de pressão sobre florestas para cultura itinerante do arroz de planalto (mpampam), contribuindo para a melhor gestão dos recursos naturais. Vê-se que, com esta acção é possível com único tiro matar duas lebres, implementando FLORESTAS COMUNITARIAS.

Falando ainda da produção do arroz na Região, sabe-se que ela é outrora considerada celeiro do País, o grosso da produção é feita com técnicas rudimentares e especificamente nas bolanhas de mangrove. O incremento da produção deve ser acompanhado de medidas como, a produção e controlo de qualidade de sementes, disto, tem em vista o PROJECTO DE APOIO A PRODUÇÃO DE SMENTES DE ARROZ.

O Programa alimento por trabalho, do PAM, também pode ser um trunfo importante para fomento de diversificação de produção agro-alimentar, tendo em conta que a cultura de caju, nos últimos anos tem sufocado as outras culturas na vertente de diversificação como por exemplo, a Mandioca, Inhame, Batata-doce, Milho, Feijão etc. Sendo por isso encorajado a nossa participação no Concurso sobre “CRIAÇÃO DE UMA REDE DE PRODUTORES E MULTIPLICADORES DE PLANTAS DE RAÍZES E TUBÉRCULOS NAS REGIÕES DE QUINARA E TOMBALI. Um projecto já aprovado e a ser financiado pelo PRRDC/FIDA, funciona em trinta Tabancas das Regiões de intervenção do PRRDC.

Tem ainda em conta os projectos sociais que podem contribuir para promover o Turismo e Ecoturismo no Sector de Catió é caso concreto o PROJECTO DE CONSTRUCAO DE UM CENTRO MULTIFUNCIONAL E TURISTICO DA CATIO. Cuja projecção foi feita a pensar no isolamento e falta de infra-estruturas turísticas no sector que possam atrair hospedes de diferentes índoles sociais para a Região.

O Projecto alberga três bongalos de casas de passagem, um escritório com uma sala de conferência com capacidade de 50 conferencistas, um edifício para Jardim Infantil e um Restaurante Bar. Fomos atenciosos quando pensamos este projecto, pois justifica-se.

No quadro da nossa politica de dar facilidades a nossa população no intuito de redução da pobreza no meio rural, apostamos na horticultura como uma das facetas de diversificação, nota-se que a produção da campanha transacta ultrapassou o consumo, mas houve dificuldade da sua colocação do mercado devido a falta de meios de escoamento e diversificada produção. Não obstante isso, tivemos como balanço aproximadamente 10 toneladas de cebola, para além de repolho, beringela, cenoura, tomate e etc.

Por isso pensamos para a próxima campanha hortícola, ESPECIALIZAR AS ASSOCIACÕES HORTICULTORAS e sondar o mercado, garantindo assim o escoamento da toda a produção, por isso há que preparar meios.

A Região dispõe de forte potencial de produção de óleo palma, até foi dito que é o melhor do Pais, para não exagerar o melhor do Mundo. A qualidade é comprometida conforme a técnica de produção. As embalagens também perdem a qualidade ao óleo, tudo isso influencia o preço o produto. Tanto assim pensamos que seria possível implementar um Projecto de TRANSFORMAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE OLEO DE PALMA.

Não é possível pensar na produção numa região onde a agricultura é manual, com uma juventude doente. Por isso a SENSIBILIZACAO SOBRE HIV/IST, no meio rural é aposta contínua da nossa ONG, aliás já realizamos alguma vez palestras sobre este flagelo do Século e submetemos ao SNLS, um Projecto intitulado “ANÓS KU BÓS, UNIDOS CONTRA SIDA”.

Inspirados no nosso programa de trabalho, é nossa intenção CONSTRUIR UM CENTRO DE ACOLHIMENTO DE CRIANÇAS DESFAVORECIDAS, o centro é projectado para cidade de Catió e vai receber crianças de cinco sectores e não só.

Nas nossas visitas de seguimento as tabancas, notamos que as produções hortícolas ficaram comprometidas em certas localidades por falta de água, CONSTRUÇÃO DE PONTOS DE AGUA é nossa aposta. A inexistência de latrinas também consta das nossas preocupações.

AS ESCOLAS COMUNITÁRIAS enquadram na necessidade de encurtar espaços de deslocação aos alunos cujas tabancas estão longe das escolas, já foram recenseadas tabancas com falta de escolas e outras com escolas apenas paredes mal acabadas sem portas e janelas, aliás foi a preocupação de Pais e Encarregados da Educação ouvida durante a auscultação para elaboração do plano estratégico do desenvolvimento regional em curso, o qual fazemos representar.

Tem-se notado o fraco abastecimento do mercado local do pescado. As razoes segundo apuramos tem a ver com a falta de apoio ao sector pesqueiro, noutra versão a desorganização das associações de pescadores e a falta do material (pirogas, redes e motores), contribuíram no enfraquecimento citado. Em suma, o mercado apesar de pequeno, consome quantidade significativa do peixe por mês, para restabelecer entre a procura e oferta, pensa-se no PROJECTO DE APOIO A ASSOCIAÇÃO DE JOVENS PESCADORES DE CATIÓ.

A AGUIPRODES, com cinco anos de existência, tem o seu trunfo na experiência dos técnicos implicados na execução de diferentes acções, o que para nós faz equilíbrio entre a experiência da ONG face aos seus compromissos. Preferimos isso, do que longos anos de experiência negativa. 

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